quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Vinte e Dois de Novembro


O joão de barro ainda madrugava em sua construção,
quando o sol nasceu como nunca se tinha visto.
Seu brilho era novo e envolvente.
Acordando na primeira hora a beija-flor,
que sai do ninho para aquecer suas minúsculas asas.
A andorinha levantou seu voo mais cedo,
Porque sabia ela, que esse dia não era como qualquer dia.
A bela despertava do seu mais lindo sono.
Com seus os olhos quase fechados arrastava seus pés pela casa.
E o sol, que brilhando, alegrava-a.
Trazia ao seu coração a certeza da sua resposta.
Seu príncipe, já levantado de seu repouso, desejava-o de novo
E em baixa voz quase imperceptível declamava:
" ainda não é hora "
Após muita insistência, ele caminha em direção ao templo,
Montado em seu cavalo branco intitulado amor
Também levava em seu coração uma certeza.
E o tempo e o templo, puderam contemplar,
E a vida e as vidas, puderam contemplar,
E o homem e os homens, puderam contemplar.
Que o sol brilhava, mas, mais que o sol, brilhava o amor
Expresso na ponta dos dedos ao tocar-se
e no brilho dos olhos ao se encontrarem.
Escrevendo o começo de uma história sem fim.

2 comentários:

Bruna Trindade disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bruna Trindade disse...

"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."- Clarice Lispector.

~* Eu amo você!!