segunda-feira, 30 de novembro de 2009

"O Homem"


Com suas mãos grossas e pesadas
ele apertou a ultima rosa que aquela estação gerara
O tempo parecia frio mas transpirava sua testa como
nos dias em que o sol não se escondia
Entre suas mãos escorria seu néctar, vermelho como sangue
que ao cair manchou aquele chão velho de madeira
Sua mente não pensava mais, servia apenas
para conduzir aquele corpo por onde ninguém passava
Seus sentimentos mortos, nunca tiveram vida
Mas seu desejo abstrato o fazia sobreviver
E lentamente passo após passo ele se assentava sobre o monte de pedras
Sua cabeça grande e redonda o fazia fechar os olhos
Pois não queria ver nem ao menos a sua sombra
E escondido atrás de si mesmo repousava a sonolência das suas ações
Ha muito não sabia, o que era, o que tinha, o que vinha
O que falava , o que pensava, se refletia
So andava, não amava, e nem entendia
O que é a vida, o que é o amor, o que era o dia.

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