quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Chapter IV - Colcheia

Sangra e chora...
Adormece tua tristeza
e repousa teu coração
A chuva do teu furor não pode molhar-te!
Mas não se esconda embaixo da árvore.
O chão se partiu, brotou então uma rosa preta
seus espinhos estavam emaranhados em meio a suas pétalas
mas foram caindo um a um
E no seu velório chorou o vento
Vento! Que voraz, ia e vinha
rasgava, gritava, partia!
A bela se calou... E não se podia mais ouvir sua voz
Mas ela gritava! Mas ninguém ouvia,
ninguém a ouvia, ela realmente gritava?
Gotas de água tocavam tão violentamente o telhado
 Este rangia e rachava, chorava... Sangrava.
Suas madeiras derramavam suas lágrimas
E suas telhas espalhavam seu sangue.
E ele se perguntava:  onde foi que eu construí minha casa?
O chão não é mais o mesmo, e as nuvens densas pesam cada vez mais.
Cadê você? Onde está!!?
Exclamava ele, mas nada ouvia...
Ou simplesmente dizia não ouvir, por não ter achado o que tanto queria achar
E com o coração na garganta suspirou suas últimas palavras:
- E eu que jurei nunca mais me entregar...

Um comentário:

Bruna Trindade disse...

Deeeeeenso...

A massa está preponderando sobre o volume.